quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Colégio interno


No internato,

        Cada dia que passa sei que sou uma de poucas pessoas que tiveram a educação de freiras, no meu caso de uma congragação de irmãs espanholas.
         Cheguei lá pelas mãos da minha mãe, penso que tinha o dedinho da minha madrinha , ela era chegada a Sociedade carioca. O benemérito daquele colégio devia se um empresário próspero.
          Quando tomava um banho, hoje, neste mês de outubro/19, aqui no Distrito Federal, a água que deveria correr fria estava morna esquentada pelo sol direto na caixa d'agua.
           Bons tempos estes em que chego á maturidade com saúde física e mental para agradecer a Deus esta benção, um chuveiro, um banheiro, uma humilde suite e um banho, água limpa, sabão perfumado, toalha macia. Que delícia! Obrigada, meu Deus.
           Na infância, aos 6 anos e pouco, ao lado de cinquenta meninas ou mais, quatro chuveiros separados por baias e cortina de plástico, o banho era gelado. Seis horas da manhã, se frio ou calor. Quando a água gelada batia aprendi a pular no chuveiro, as coleguinhas me ensinaram era para equentar. Mas as instalações eram boas, paredes de tijolo, ladrilhos hidráulicos no chão, luz elétrica. O enorme colégio que nas noites de chuva e vento me assustavam, não são mais memórias de medo.
          Depois, tambem pelas mãos de minha mãe, conheci Brasília, do Rio de Janeiro, cidade pronta vim conhecer, como as cidades nascem. Nas ferias, viajar de ônibus, enjoar 24 horas, morar em barraco de madeira, utilizar um banheiro de tábuas e buraco no chão. Água do poço, no balde e a cuia, banho de cuia.
           Quanta evolução, hoje agradeço, antes também era grata. Não ousava reclamar por nada. Era só o olhar de minha mãe que eu me enquadrava em qualquer situação,. meu porto seguro estava ali, estando ela por perto mal algum me alcançava. O anjo de Deus na terra a me cuidar. Era só eu e ela. Tinham outros, coadjuvantes, que apareciam aqui ou acolá.
            Alguns anos de espera para sair do colégio interno, definitivamente, só nas férias não tinha graça.
            O colégio interno, era um orfanato. Destinado a meninas orfãs, eu tinha meus pais, mas isto é outra estoria.
             Ajudando a irmã Gloria na rouparia, ela me perguntou se quando saisse voltaria para visitá-las, no fundo da minha ingratidão, disse-lhe: jamais nunca pisarei aqui. Assim foi, afinal ninguém havia perguntado se gostaria de ficar  no regime fechado, trancafiada. Embora tenha aprendido a sobrevivência, com fé, esperança e força. Por tudo graças a Deus.
          

Professora, contadora de história e outras habilidades mais, a filha do meio.A caçula também professora e mãe amantíissima dos filhos, e outras habilidades mais. O filho mais velho formador em segurança e palestrante e outras habilidades também. P A R A B É N S  pelo Dia dos Professores e pela alegria de tê-los em minha vida. OBRIGADA  SENHOR!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Não desisto  !

         Ás vezes penso que postei ontem, outras que passou um século, exageros á parte, sigo a narrativa.
         Gostaria de falar da minha árvore. Todo mundo deveria ter uma porque não ha depressão saboreando um belo fruto, desfrutando a beleza de flores ou aproveitando uma deliciosa sombra.
         Tenho a minha que amo. Sendo que quando ela esta com o brotar das flores o aroma é indescritível, depois o tronco vai sendo revestido pelos frutos.  E eles vão crescendo para minha alegria e de tantos que provam frutos tão doces, Até os passarinhos ficam o dia todo a trinar enquanto se alimentam.
          Não sei quando foi plantada e nem onde eu estava, sei que abençoo as mãos que a plantou.
          Até os cachorros de casa apreciam as jabuticabas. 
          Todos deveriam ter uma árvore!